domingo, 20 de novembro de 2011

Levi's inova mais uma vez, e sugere que jeans não seja lavado

Escassez de água e algodão leva empresa a buscar sustentabilidade; compradores são aconselhados a desinfetar calças na geladeira
Das plantações de algodão na Índia rural até a lata coletora de tecidos para reciclagem, uma típica calça jeans consome 3,5 metros cúbicos de água durante o seu ciclo de vida, ou seja, o bastante para encher 15 banheiras de spa, segundo a Levi Strauss & Co. Isso inclui a água usada para irrigar a plantação de algodão e para costurar a calça, bem como para as diversas lavagens que realizamos em casa.
A empresa quer reduzir essa quantidade de qualquer maneira possível, e não apenas para projetar uma imagem de responsabilidade ambiental. Ela teme que a escassez de água causada pelas mudanças climáticas possa pôr em risco a própria existência da empresa nas próximas décadas, tornando o algodão caro ou escasso demais.

Além de avisar consumidores, Levi's criou uma linha que usa menos água para fabricação
Portanto, para proteger sua matéria-prima, a Levi Strauss ajudou a sustentar e defender um programa sem fins lucrativos que ensina a agricultores na Índia, no Paquistão, no Brasil e na África Ocidental e Central as mais novas técnicas de irrigação e de captura de águas pluviais. A empresa também lançou uma marca de jeans estonado amaciado com pedras, mas sem água. Além disso, ela está afixando em todos os seus jeans etiquetas pedindo para as pessoas lavarem menos os produtos e usarem apenas água fria.
Para os consumidores que desejarem maiores conselhos, a Levis Strauss sugere que os jeans sejam lavados raramente, ou nunca – a teoria é que colocá-los no freezer matará todos os germes que causam mal cheiro.
Mas as preocupações com a conservação não se limitam aos gigantes das roupas: conglomerados de comidas e bebidas, companhias de tabaco e companhias de metal e mineração estão todas começando a avaliar sua grande dependência da água. A Pepsico, por exemplo, adotou um método de higienizar garrafas plásticas com ar purificado ao invés de água em um fábrica do estado americano da Geórgia.
Para suas marcas Frito-Lay, a empresa identificou um tipo de batata resistente a estiagens que distribuiu aos agricultores, junto com um método de monitoramento de solo, para que as plantações sejam regadas apenas quando necessário.
O Carbon Disclosure Project, grupo que monitora a emissão de gases do efeito estufa por empresas, recentemente incluiu a segurança do abastecimento hídrico entre suas prioridades. Entre as 150 empresas que responderam a um questionário que o projeto enviou às maiores empresas do mundo no ano passado, quase 40 por cento afirmaram que problemas com água já haviam resultado em ''impactos prejudiciais’' aos seus negócios.

Foto: NYT
Para os jeans normais, empresa recomenda que não se lave muito
O risco de escassez de água atingiu a Levi Strauss no ano passado, quando enchentes no Paquistão e secas nos campos da China destruíram plantações de algodão e elevaram rapidamente os preços. Cada calça jeans produzida pela empresa utiliza cerca de um quilo de algodão.
Embora os cientistas sejam cautelosos ao ligar eventos climáticos extremos específicos à mudança climática global, o recente aumento das enchentes e secas segue os padrões que, conforme projeções antigas dos especialistas, resultariam do aquecimento global. De modo geral, os lugares úmidos se tornarão ainda mais úmidos e os secos ainda mais secos.
Upmanu Lall, diretor do Columbia Water Center, do Earth Institute da Universidade de Columbia, disse que as implicações locais de tais mudanças ainda estão sendo estudadas, mas que a ''agricultura, que funciona melhor com uma quantidade relativamente consistente de água, sofrerá os maiores impactos’'.
O algodão, o maior produto agrícola não comestível do mundo, é um caso especialmente problemático. Muitos países produtores de algodão, como a Índia, que conta com milhões de pequenos produtores de algodão, não possuem reservatórios para armazenar água, aumentando o risco de escassez.
As empresas que fazem negócios no exterior também têm de lidar com o aumento do preço da água, ou com níveis insuficientes de pureza da água. Há também o risco de publicidade negativa se o público considerar que uma empresa está desperdiçando uma preciosa reserva de água local.
''O volume total de água usada em uma única empresa de bebidas, por exemplo, pode não ser muito grande’', diz Lall. ''Mas essas empresas costumam ser os usuários mais visados em um determinado local, esgotando reservas de água subterrânea muito mais depressa que um pequeno agricultor, por exemplo.''
Os produtores dos Estados Unidos e da Europa estão cientes que o algodão já compete com grãos pelo que resta de terras aráveis em algumas regiões, uma tensão que apenas crescerá nas próximas décadas, à medida que o mundo lutar para alimentar uma população cada vez maior.
Produzindo ''algodão melhor’'

Foto: NYT
Produtor de algodão usa menos água em sua plantação, na Índia
Como a maior parte do algodão é cultivada por uma rede difusa de microagricultores em mais de 70 países, estimular práticas que sejam eficientes do ponto de vista hídrico é um enorme desafio. O cultivo de algodão consome mais de 3 por cento da água utilizada para fins agrícolas no planeta, e é responsável por 6 por cento das compras de pesticidas.
Práticas antiquadas como a inundação de campos contribuem para o consumo excessivo.
Em 2005, organizações não governamentais e da indústria do algodão, além de alguns dos grandes revendedores, entre eles a Ikea, a Gap e a Adidas, fundaram a organização internacional sem fins lucrativos Better Cotton Initiative, para promover a conservação hídrica e reduzir o uso de pesticidas e de trabalho infantil na indústria.
A Levi Strauss juntou-se à organização em 2009. Uma de suas parceiras é a Cotton Inc., uma associação de indústrias dos Estados Unidos que fornece know-how técnico. Uma pesquisa independente de três anos sobre agricultores na Índia concluiu que aqueles que utilizam as novas técnicas reduzem o uso de água e pesticidas em cerca de 32 por cento. Além disso, o lucro dessas fazendas foi 20 por cento superior às do grupo de controle que utilizava métodos tradicionais.
Kailash Himmitrao é produtor de algodão em Shelu, Índia, a cerca de 145 quilômetros a leste de Mumbai. Em um dos lados de sua fazenda de seis hectares, que foi usada para a comparação de métodos, os pés de algodão têm cerca de 30 centímetros a mais de altura e produzem mais flores do que os que se encontram do outro lado. O campo mais rico conta com um sistema de irrigação por gotejamento – um emaranhado de veias de plástico que direciona a água para a raiz de cada planta – que foi instalado com o auxílio da Better Cotton Initiative.
Mahalle diz que o sistema de gotejamento espalha a água e os fertilizantes de maneira mais uniforme que o método tradicional de bombeamento e, já que leva a água apenas para onde ela é necessária, o método também resulta em menos ervas daninhas.
As quedas de energia, muito comuns na Índia, tornaram-se uma preocupação menor, porque o sistema de gotejamento não requer o uso de energia por períodos prolongados, como os métodos de irrigação tradicionais. ''O novo método leva três horas, enquanto os outros levavam três dias’', disse Mahalle. Seu uso de água foi reduzido em 70 por cento.
O produto resultante dos novos métodos de plantio está sendo denominado pela Levi Strauss e pela iniciativa como ''algodão melhor’'. A alta administração da Levi Strauss afirma que cerca de 5 por cento do algodão utilizado nos 2 milhões de calças que a empresa enviou às lojas neste 4º trimestre foram produzidas através do método sustentável. A empresa espera que o número cresça para 20 por cento até 2015.
A rede de móveis Ikea espera passar a usar apenas ''algodão melhor’' até 2015. E a fabricante de calçados Adidas afirmou que fará o mesmo até 2018.
Para alcançar sua meta de 20 por cento, a Levi Strauss afirmou que terá de mudar radicalmente a maneira como administra seus negócios, dialogando mais diretamente com contratados e agricultores. Houve um tempo em que as empresas dos Estados Unidos preferiam não saber o que acontecia em suas fábricas no exterior – para que pudessem negar conhecimento caso fossem descobertas más práticas trabalhistas e ambientais.
A Levi Strauss, que declarou uma receita líquida de US$4,4 bilhões no ano passado, preferiu não revelar quanto está gastando com esforços voltados para a sustentabilidade hídrica, mas afirmou que a companhia e sua fundação já doaram um total de US$ 600.000 para a Better Cotton Initiative desde 2009.
Vendendo uma ideia Em uma manhã recente, na sede da Levi Strauss em São Francisco, os executivos da empresa estavam tentando descobrir a melhor maneira de capitalizar seus esforços pela conservação hídrica. Após ser informada sobre a iniciativa do algodão pela equipe de sustentabilidade, a nova diretora de marketing, Rebecca Van Dyck, balançou a cabeça demonstrando sua aprovação, e depois perguntou, ''Mas nossos consumidores sabem disso?''
De acordo com Van Dyk, uma pesquisa interna da empresa mostrou que os consumidores da Levi Strauss gostam de imaginar que estão mudando o mundo.
A empresa não revela resultados de vendas de produtos específicos, mas afirmou que calças da Levis Strauss comercializadas este ano com o selo da menor utilização de água venderam melhor que outras com preços semelhantes.
A empresa começará a divulgar seu comprometimento com a melhoria do algodão em vídeos publicados em seu website e apresentados em conferências de sustentabilidade.
Consumidores que faziam compras em uma loja Levi’s da Times Square recentemente disseram nunca ter ouvido falar na linha Water-Less da empresa, ou em suas outras iniciativas ambientais.
Nos fóruns online sobre calças jeans, as pessoas pareciam estar mais cientes dessas iniciativas. Edmund X White, um fotógrafo do Brooklyn, até escreveu uma diário de seus esforços para evitar lavar suas calças. Ele escreveu que, após dois meses de experimento, em sua lua de mel na Jamaica, ele mergulhou no mar de calças. Depois disso, disse White com orgulho, passou 11 meses sem lavar as calças.
''Desde que você não as suje de terra, não faça muitos exercícios pesados com elas e – desculpe se isso parece vulgar – use sempre uma cueca, você pode realmente passar muito tempo sem lavá-las’', ele escreveu.
Fonte:|http://economia.ig.com.br/empresas/levis-surpreende-e-sugere-que-co...

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Tecnogold 2011

Uma Tela de Lã com apenas 250 g é a Vedete da Nova Coleção da Camargo Alfaiataria

Uma tela de lã com apenas 250 gramas de peso é a vedete da nova coleção que a Camargo Alfaiataria acaba de colocar no mercado nacional de moda masculina. O tecido, batizado de Amadeus 365, é resultado de uma parceria inédita com a Dormeuil, tradicional empresa do setor de tecidos para alfaiataria criada na França, em meados do século XIX. O Amadeus 365 - o número se refere aos dias do ano - promete manter a temperatura do corpo tanto no inverno quanto no verão.

No Brasil, o tecido será uma exclusividade da Camargo Alfaiataria. No exterior, será vendido pela Dormeuil com a logomarca da Camargo Alfaiataria. "A empresa, que tem produtos no Brasil há 50 anos, nunca havia feito uma parceria deste tipo com um designer brasileiro", diz o alfaiate João Carlos Camargo. E os negócios com Dormeuil prometem ir além. "Planejamos abrir lojas juntos no Brasil. A ideia será ter serviço sob medida e também prêt-à-porter masculino, com roupas e acessórios", diz Camargo, que acredita na realização do projeto para 2012. A Camargo Alfaiataria abrirá, em breve, sua quarta loja no Iguatemi Alphaville, em Barueri (SP).

A tela de lã fria Amadeus já fazia parte da linha da Dormeuil, mas numa versão mais pesada, com 280 gramas. "A partir de uma ideia dada por João Carlos Camargo, que nos visitou em Paris, decidimos fazer uma versão especial do artigo para o mercado local. Acreditamos que ele tenha as características ideais de peso e caimento para o clima do Brasil", diz Dominic Dormeuil, presidente da empresa - e quinta geração da família à frente dos negócios, que chegou ao Brasil no domingo.

O Amadeus 365 é feito com um avançado processo de tecelagem, que usa um fio compacto que permite alta precisão. O artigo está disponível em várias padronagens, como xadrez, listras e escama de peixe. A cartela de cores tem azul, mostarda, vinho, preto e chumbo. "O brasileiro ainda tem um estilo muito clássico, mas acredito que isso vá mudar aos poucos", diz João Carlos Camargo. Um costume feito com o Amadeus 365 na Camargo Alfaiataria deverá custar em torno de R$ 6 mil. Para se ter uma ideia, a casa executa costumes e ternos sob medida a partir de R$ 3 mil.

Segundo Dominic Dormeuil, os produtos da empresa são vendidos em mais de 70 países. "Investimos cerca de US$ 1 milhão por ano em pesquisa e desenvolvimento", diz. A fábrica da empresa fica na Inglaterra, na região de Huddersfield. Segundo Dormeuil, a roupa feita sob medida não deve perder espaço, pelo menos no médio prazo. "O consumidor tem procurado a exclusividade, ele quer sentir no produto um toque do seu próprio gosto." A Dormeuil foi criada em 1842 por Jules Dormeuil, que começou como importador de tecidos ingleses para os alfaiates franceses. Poucos anos depois, passou à fabricação de tecidos e, atualmente, tem também roupas prontas.

Fonte:|valoronline.com.br|